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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Noite de Sexta

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Vim te estimar, Ao saber de tua demonstração. Renunciei meus rascunhos e parti. Zarpando rumo ao teu alarido. Teu oficio me agrada. Tua sonância me seduz, Te contemplando vou enxergando claridade. Este olhar me afronta e me infecta. Abarrotando – me de desejos e pensamentos loucos. E nesta atmosfera, vou tencionando apalmar tuas crinas. Depois de degustar umas doses, quem sabe até os teus pentelhos. Mas confesso que estimo mesmo é teu espinhaço. Sobretudo quando saracoteia teu traseiro. Com essas pernas arqueadas. Aplicando tua olhada marginal. Isso é feitiço sabia? E isso não se faz com um ser tão fraco. Perdoe minha resenha. É que hoje é noite de sexta; E estou como a poesia do refrão que tu dizes: “É que eu to quase morta É que eu to quase lá É que to quase louca Eu to pra mim matar”

Conselho

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Tenta parar. Parar é bem melhor que continuar quando não se sabe o que quer, ou quando se sabe, mas se acovarda. Tenta parar. Eu tenho medo de ser feliz outra vez. E sofrer outra vez. Tenta parar. Eu já vi isso. Eu tenho marcas aqui. Tenta parar. Com esse olhar de empenho, Depois não sabe o que quer. Tenta parar. Não posso mais te ajudar. Já desfruto de impasses suficiente ao recomeçar ser feliz. Tenta parar. Não dá mais certo o que já não deu. Tenta parar. Porque já parei faz um tempo. Tenta ser feliz. Ao menos para me consentir como exemplo. Tenta acolher o fim. Dói bem menos. Tenta.

Eu não vou desistir de mim.

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Reconheço que meu ser está manchado por vestígios que a vida fez. E reconheço que minha ilusão de felicidade, era só uma ilusão mesmo. Convivi com pessoas vazias, estas que me evacuava. Necessitava de alguém sempre ao meu lado, e muitas das vezes, unicamente por está, porque havia desaprendido a conviver comigo. E junto disso, vieram às dores acompanhadas das rasteiras dos falsos amores; Veio à ilusão que para está feliz eu precisava de alguém. Veio o medo de necessidades. Doava-me ao extremo sem retorno. Aguardava a volta que não vinha que não veio. Por esperar ou confiar-se além da medida nos outros. Contudo, diante de tantas quedas e machucados, fui criando casca bruta. Ao acordar percebi que vivia num profundo abandono. E ainda meio sonolento, fui vendo que meu mundo se encontrava vazio. Um reflexo de um autoabandono. Doei-me disparadamente aos outros, que não restava mais sobras para mim. Foi aí que eu tive que me olhar um pouco mais. Quando um...

Oi Sumido!

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- Oi sumido! Decifrando o verbo paraliso e suponho. Eu sempre estive aqui. Foi você quem se foi. Você que silenciou. Foi você que não me tornou. Você quem voou. Consumando então eu penejo. - Se queres que eu seja o sumido, que seja como tu queres, todavia, me deixa desaparecido. Calculo que o sumido seja quem se perdeu. E eu a todo o momento sempre soube o que optei. O teu sumiço por aqui já andava quase habitual, sabe. Tive que me adaptar com o espaço desocupado, que você preenchia. E retomei me amoldando. Comecei a falar sozinho, A sujar uma xicara em vez de duas, Não assistir filme de terror; A comer sem vela; A dormir vestido; A voltar para casa com desconhecidos. Esta estação foi árdua. Nossas lembranças boas engarrafaram minha alma, Foi aí que suspendi de pensar em mim e passei a existir de memoração. Precisei aceitar o Adeus sem ouvi-lo. E consegui. Aproveitando teu chamado quero te fazer o último pedido. - Continua sumido...

Do Meu Jeito

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E o novo de novo vieste. É um ano recente. E eu já tenho que mostrar os dentes. Igual ano passado. Porém estou sem tempo para novos personagens Sem prazo pra fingir felicidade sem necessidade. Ando tão exausto! É que gosto mais de ser eu, mesmo quando não posso ser. Mesmo quando não pude ser. Mesmo quando não preferi ser. É que estava ocupado demais com novos personagens. Aí, me esqueci de lembrar-se de ser. A minha felicidade não tem imposição de arreganhar-se. É que ela é só minha sabe? Do meu jeito. Mansa e sem necessidades.