São Tantas Coisas...

A literatura acertada que vinha me entretendo nos últimos tempos, findando está. E posso cimentar que isto está me deixando meloso. Já agride em minha porta aquele desespero. E agora? Até depois? Mas depois quando? Há, eu não aceito um até depois agora. Pelo menos agora não. Estou tão tocado pela obra, que me pergunto como será depois do fim. Já sinto que ficarei desamparado, assim como quando o sol se põe. Tanto é que poupei as páginas ao máximo. Mas até o fim tem um fim, como já ouvi outro dia. Por isso, risquei cada musica cada obra, afim de que o tardamento fosse ainda mais tardio. As folhas decifradas causaram-me uma mistura. Por enquanto deixo só mistura. Uma combinação de coisas boas, acrescento. Depois das poesias eu relaxava e fantasiava e sorria e me melava. Fico indagando a falta que a vida de Elio, vai fazer em meus dias. Tal exemplar tem sido meu alento. Tem sido os motivos, de acordar mais cedo e sonhar mais tarde. E se atinar

Cinzas. O fim. O início. Entre o branco e o preto. Chegaste de qualquer jeito. Para celebrar. O que de bom foi. Para terminar. O que já não resistia mais. Para começar. As promessas. A quaresma. O ano novo. As lutas. As mentiras. O caos. Enfim vieste. No olhar. No corpo. Na mente. Entrastes na gente. E agente sente. Ressuscita.

O carnaval chegou. Meu coração vem arfando. Lembra bateria. Mas grita como percussão. Fundindo meus pensamentos. Disfarçando a solidão. Vou lançar meu bloco. Um bloco simples. Um bloco quedo. Um bloco insólito. O bloco da ilusão Ainda sem data anuída. Mas antes das cinzas. Pra não recordar do fim. Vou abrir com um recital. Pra lembrar-se da saudade. Que ela só é linda no poema. Mas na vida queima e arde.

Fevereiro chegou! Meu amor me deixou Já seria um sinal? A espera acabou O meu plano mudou Eu também sou do mal Com alegria estou Vou doar meu amor Que você rejeitou Já virou meu astral A poeira subiu Meu corpo sacudiu Vamos ser animal O teu corpo no meu Sou agora teu Deus Eu sou o festival Alegria transbordou Teu olhar me encontrou Coisas de canibal O Glitter vai iluminar A euforia transbordar Vamos se experimentar? Já escuto o amém A banda está chegando O povo vem dançando Meu coração está flutuando Não somos de ninguém Vou te encontrar na avenida Vou te apanhar no fundão Que coisa mais linda Tu queres meu coração? Estou meio descabelado Com um short apertado E o coração abarrotado Robusto de amor Quando passar vê se me olha Corre não demora Poderia ser agora Vamos afogar esse calor Juntos afrontaremos Se pegando e se jogando Se amassando e se amando Sem pensar no que vai dar Continuamos brilhan

Ei coisa! Tu andas profuso coisado. Porventura, devido a tantas coisas. Ou talvez das coisas que tu ficas fantasiando. Deixa essas coisas costadas. Tantas coisas sucedendo, Tantas coisas pra conceber, E você imaginando coisas errôneas. Deduz outras coisas! Quem sabe não se mostra coisas afáveis por aí? Coisas boas cativam coisas boas. Então deixa de coisa. E deixa as coisas acontecerem.