Me Chame do Que Quiser



A literatura acertada que vinha me entretendo nos últimos tempos, findando está.
E posso cimentar que isto está me deixando meloso.
Já agride em minha porta aquele desespero.
E agora?
Até depois?
Mas depois quando?
Há, eu não aceito um até depois agora.
Pelo menos agora não.
Estou tão tocado pela obra, que me pergunto como será depois do fim.
Já sinto que ficarei desamparado, assim como quando o sol se põe.
Tanto é que poupei as páginas ao máximo.
Mas até o fim tem um fim, como já ouvi outro dia.
Por isso, risquei cada musica cada obra, afim de que o tardamento fosse ainda mais tardio.
As folhas decifradas causaram-me uma mistura.
Por enquanto deixo só mistura.
Uma combinação de coisas boas, acrescento.
Depois das poesias eu relaxava e fantasiava e sorria e me melava.
Fico indagando a falta que a vida de Elio, vai fazer em meus dias.
Tal exemplar tem sido meu alento.
Tem sido os motivos, de acordar mais cedo e sonhar mais tarde.
E se atinar nas folhas se tornou minha harmonia oculta, diante das melodias de Sufjan Stevens.
Como Heráclito, procurei-me a mim mesmo, e talvez tenha encontrado.
A viagem pela Itália estaria acabando.
E já visitavam em mim, as escassezes.
A falta dos damascos, de Mafalda;
Mas melodias clássicas de Mozart até Brahms.
Das varandas;
Dos ovos cozidos no café da manhã;
Dos cochilos as 14h00min;
Do manuscrito;
Dos pares azulados de Oliver;
Das estradas vazias que ligam a cidade de bicicleta.
Da poesia.
Até do brilho lírico do sol.
Para onde vou?
Recomeçar relê novamente pode ser uma boa escolha, ou o que me resta.
E quanto a isso, não estou exausto.
Talvez seja uma sandice minha.
Se for, um dia elucido.
Pense o que achar.
Me chame do que quiser.
Sem prazo neste instante.
Mãe, a senhora pode vir me pegar?
Até depois.

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