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Mostrando postagens de outubro, 2017

Eu Vou Ficar São

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Estou Tentando me manter são. Com minha propensão. Sim, às vezes sou frio. É que minha vida é álgida. Acabo unindo. Mas isso não é bizarro. Porque o mundo é infenso. Bizarro é ter coração. Bizarro é se afeiçoar. Não somos diferentes. Sou tão ordinário como tu. Eu não tenho alma. Eu não tenho coração. Eu não sinto nada. Sou meramente carne vermelha. Apenas uma cor. Bem esta que você ver. Os anjos surgem a todo tempo. Querem me resgatar para o mundo perfeito deles. Precisam de minhas elucubrações. Olha, eu vou sarar e ficar são. Só não vou ser são como os outros são. Vou ser com minha propensão.

Travessia.

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Enquanto a vida atravessa; Enquanto as rugas afluem, Enquanto o corpo vai sucumbindo, Enquanto as celulares respiram; Estou a me esperar. Almejando a tinta dos meus olhos brotarem. Está tão escuro assim. Ainda preciso de um tempo. É que tenho uns pesos aqui Minhas costas estão corcundas Na mente uma desordem. Os monstros já se foram É que eu acreditava neles Por isso caminhava sempre com o bem. Eu vou terminar Eu vou existir. A formula já brotou em mim. Só preciso de uma parada. É que estou quase pronto; Estou pra me achar. Estou imoto no vai e vem. O meu pranto tem que sustar. Mas vou chegar à estação. Me deixa pegar na tua mão? Vou vestir minha roupa, mas bonita. E atravessar o caminho que quiser. Eu vou existir.

Relato

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Meu amor foi embora, Me trocou por outro rapaz. Deixando – me na penúria Necessitado de paz. Agora estou vagando nas ruas; Lastimando desnorteado; Chorando endemoniado Por ser inocente demais. Já chorei,  Penei,  Gritei. Já fui ao inferno outra vez. Mas já voltei. E pronto estou pra ser amado outra vez; Ser usado outra vez; Amar outra vez; Ser iludido vez. Amar outra vez; Amar outra vez; Amar outra vez;

Proposta

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Se permitir, Quero te engolir. Às vezes é bom saber nossa profundidade. Mas antes tragar teu ouvido. Perceber o perigo Que sua violência produz. Sabe o que me toca? A tua selvageria. Quero sentir o encarnado dos teus dentes no meu pescoço. E o ouvir entre tabefes que sou um bom moço. De face entornada; E alto relevo a vista pra se consumir. Sentir teu corpo arredio Tentando enrolar ao meu. Espremido. Aturando a força provinda de mim. Num avulta e advém; Surra e vinda; Avulta e advém; Surra e vinda; Até estancar e inserir. Pra você estrondar. E eu fruir. Até esgotar.

Um dia na praia

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Quero a praia. Eu sinto a praia. Desejo a praia. Como biraia. Eu sou pirraia. A praia me chama. Me usa e me flama. É dia de euforia. De barraca armada já vou. Satisfazer -me-ei. Já me chapei. Nunca diga dessa água não beberei. Eu sou a lei. De raia. Bem me quer mal me quer. Mal me quer bem me quer. Tu queres eu quero. Não me quer eu te quero. De bem ou mal. Como animal. De corpo e sal. Nada formal. Voltando a raia. Ho pernas pra que te quero! Dançar bolero? Eu sou sincero. Eu já te quero. Deixa de lero. Tu não vens? Sou teu refém. E de mais ninguém. Estou de cem. Eu vou tu vens. Quer mais alguém? Deixe que xinguem. Noite tão linda. É cedo ainda. Lua bem vinda. Abençoa nossa amizade tingida. Teu olhar me deixa leve. Se for demais releve. Mas se atreve. Quero ate breve. Na brisa boa. Tu me acoitas. Com teu olhar. Vem a calhar. E me usar. Catequizar. Depois gozar. E revezar. Adeus ...

Acarar

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Tinha medo de dizer. Que você é meu querer. Porque sempre preferi. O que os outros têm a falar. O que fazer com nossos estranhos íntimos? O que fazer com o medo? Enquanto o medo for à razão, Tudo vai continuar como está. Enquanto o medo for à resposta, Ele sempre vai nos bloquear. Já não sei se o melhor é esperar. Dá um tempo ao medo, sabe. Deixá-lo madurar. Se bem que esconder o medo do mundo,  Um dia o mundo vai saber. Precisamos acarar. Não se espera tempo se já se sabe a resposta. Vai ver o mundo já sabe o que você quer esconder. E você criando um mundo só seu. E eu criando um mundo só meu. Como se já não fosse bastante só esse mundo. Tão grande e tão caótico. Fique bem meu bem. O nosso querer está sacramentado. Nada vai acontecer. O nosso amor vai vencer. Por nós.