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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Menino

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Os meus olhos já sorriem. O coração faz pirueta. Quando escapo da zona urbana. Rumo as altitudes perto das estrelas De mansinho vou fugindo Para esquecer de lembrar Das coisas do mal. Da brisa com sal. Da rotina infernal.  Chegando a terra onde meus pés reconhecem. Meus pais enaltecem. Onde as plantas agradecem; As mãos das sementes. Nutrindo do fragor dos pássaros e dos ventos. Dos sorrisos e balançado das plantas. A chuva até cisma, mas o sol perdura. Contemplando ao redor distingo; A minha essência é o mato. Apenas remanesço no asfalto. Nunca vou deixar de ser menino Malino, felino e divino. E seguindo vou matutando Acordado vou sonhando Cantigas de roda cantarolando. Trago um sorriso já conhecido E um abraço inocente de menino. Conduzindo com tanta certeza Sou mato nas veredas; Brisa nas represas; Pedra da cachoeira; Sou a lama da estrada; O frio da madrugada; Da noite a calada Sou calor da tardinha; O ru...

Riscado do arquétipo

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Cabisbaixo. Sorriso falso. Fora da engrenagem. Perdido num mundo inexplorado. Existindo no arquétipo. Definindo o que sente. Tudo sendo delineado. Permitindo os sonhos falecerem. Se tornando um monstro. Imitando as regras. Acreditando no que não creio. Crendo no que não vivo. Vivendo de arbítrio. Uma mentira verdadeira. Morrendo aos pedaços em pouquinhos. Todos os dias. - Arria a cabeça e acompanha o padrão. - Arria a cabeça e acompanha o padrão. Aquilo não sou eu. Aquilo não era eu. A todo momento carecia de um moderado cuidado. Penso que ainda desconheço quem sou. Mas conheço o que não me interessa. Logo, reproduzir as palavras da mente. - Valentia frouxo! E repetia amiúde. - Valentia frouxo! Então, admitindo minha identificação, Despertei e me reconheci. Debutei a viver com exatidão tentando resgatar a vida perdida. Nesses tempos sou capaz de flutuar. E de tantos contentamentos, Passei a inquietar os reacionários. ...

Ludibriado

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Foi confiando no amor que me tornei tolo; Daí tonto tornei-me a ser, por me deixar iludir. Aí veio a carência, com toda sua porção de perversidade. Constituindo-me trouxa. Das coisas que não ouvi. Das coisas que tu não dizes. Por fiar-se além da medida no amor. O que faz um ser correr atrás de outro ser, que o já deixou no ponto de partida? Necessidade ou insanidade? Tal corrida precisa ser disparada a dois. Quando um só corre, vai ter desmoronamento mais à frente. Porém, não paraliso para pensar, porque tenho expectação. E assíduo a insistir. Sendo iludido. Então em silencio vou me enganando, Concebendo o teu abraço, Acreditando no teu cansaço. Entendendo o teu mormaço. Fechando os olhos para os outros. Seduzindo e embaindo o meu desejo de não querer. Vou me consentindo ludibriado. Sem evidencia do outro beijo; Sem data agendada para o próximo aperto, Sem saber se é mais u...

Ignorância

Torna-se mais ignorante Que o ignorante ; Aquele que responde a ignorância Do ignorante.

Boca Perversa

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Olho teu rosto. Miro em teu olhar. Mas enxergo unicamente teus lábios. Então, incito a querer transitar em tua boca. Imergindo em tuas salivas; Rabiscando teu céu; Degustando teu veneno; A fim de hidratar meus lábios. Infiro que falas, E segue a dizer. Só não sei o que. Sem conseguir decifrar teus verbos. Nem ao menos reconheço tais palavras; Uma vez que minha mente está narcotizada; Por intuito de sua boca. Empaco indagando se isto é perversão, Porque mesmo me sustentando calado, Estou falecendo de vontade, Te consumindo por dentro.

Maldito Silêncio

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O silêncio teu me deixou no breu. E na penúria. Volvendo a tristeza todo esse tempo no meu ser normal. Sem saber que norte agarrar. O péssimo do silêncio são as faltas e o será. Os dias têm estado tanto amargurados. Tão lamentosos. Calculo que o melhor para este vazio é ficar no vazio. Até esbarrar com um novo de novo mais uma vez. Presumo também, em dá um basta nesta calada e estrondar. Até meu desconsolo estancar. Ou porventura que o melhor seja telefonar, buscando referência da tua ausência. Desse Maldito silêncio. Que me carcome e oxida. Destruindo-me em fragmentos.