Confrontando um Vácuo
Hoje estou confrontando um
serio problema de saúde, o vácuo.
Problema de saúde porque
estou obstruído e já não tenho mais apetite.
Minha cabeça já foi e voltou
e prossegue a mil.
Um grande vago.
Um verídico estrago.
O teu vácuo me deixou num vazio
tão vasto, que não consigo esvaziar minha mente de pensamentos ordinários.
E empaco de lado a lado
constituindo, fantasiando, e com a certeza do motivo na qual não obtive
resposta.
Uma hora penso que deves
está azafamado devido aos afazeres no período vespertino.
Em outra, penso que a falta
da sua resposta já é uma resposta.
Se não estou no topo da sua
lista, não quero está no fim.
Exagerado talvez eu seja, o
que tenho em evidencias é que não sou o centro da sua vida, se fosse teria dado
a resposta que precisava, no momento em que necessitava.
Permaneço carecendo da sua
réplica.
E me sinto muito mal.
Mal porque eu só queria ao
menos uma monossílaba como resposta.
Resposta que em fragmentos
de segundos o alivio seria certeiro.
Talvez por isso acompanho
suas visualizações a cada instante.
A fim de aliviar o vazio que
não linimenta.
Como o fim da novela ou
aquela partida de futebol no fim de campeonato.
Na torcida para que você
responda.
Ao menos pra dizer que não
deu,
Ou dizer que não pode ficar
me respondendo,
Ou ao menos pra dizer que
não quer responder,
Que não vai responder.
Responda-me!
Diga ao menos basta!
Aproveita essa agonia.
Você está aqui agora.
Só não quero continuar me
padecendo.
Aqui não tenho remédio para tumulto
de pensamentos.
É que não sei lidar com
vácuo.
E já não tenho mais idade para
tal.
Sabe o chão?
É o que restou,
e é nele que sigo prostrado esperando seu retorno.
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