Gamado
Ando meio gamado.
Mais para agitado.
Consternado além da conta é o mais exato.
Desde o dia em que guardei teu rosto.
Toda vez que te enxergo eu sinto um afeto e penso:
O amor parece ser tão bonito, mas é cada porrada.
Estou quebrantado de dominar as emoções.
De tentar controlar essas chamas.
Pode até não parecer, mas estou correndo pelo fogo.
Ou talvez uma tempestade, na qual estou empenhando-se para
sobreviver.
Sabe o que eu só queria?
Algo bem clichê.
Veja bem:
Eu só queria que você
desejasse o meu corpo, assim como eu desejo o seu.
Eu só queria que você pudesse compartilhar seu corpo, da mesma
medida que desejo entregar o meu.
Imaginar que nunca poderei te tocar me arrebenta.
Talvez por ser verdolengo demais, para se deixar me iludir.
E a falta de experiência não
me deixa saber quando parar.
Uma vez que o meu forte é se deixar enganar.
Não sorri assim.
Por favor!
Meu coração não atura.
Quando me comporto desse jeito, percebo que estou totalmente
perdido.
Como queria agora ter uma visão de profeta.
E enxergar como serão meus próximos dias.
Pra me acudir a continuar respirando, e afrontar essa ilusão.
Que está me ferindo.
E sangrando.
Preciso aprender a administrar essa alucinação.
Se proceder como se encontra,
Sinto que em mais alguns dias não irei segurar esta represa.
Por enquanto vou levando.
Não sei mais o que e nem pra onde.
Mas vou levando.
E isto basta.
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