Moço do Litoral
Moço do litoral
Meu xarope meu mal
Uma chama que dá calafrio
Entremeado com esse tórax
marginal
De tatuagem no braço
E um cordão nanico de aço
Abandono o equilíbrio
explorando - te
Disparado atrás da bola
Com pegada acelerada
De sunga matizada
E o olhar que não se
sabe aonde vai
Com pernas arqueadas
E nádegas pulsantes
De barraca armada
Roubando a visão do mar
Ampliando o calor.
Eu sinto o ardor
Moço malvado
Não me olha me ignora bem
de lado
Torturando e me
deixando melado
Poluindo minha lucidez
Restando-me
apenas uma secada
Tencionando tua transudação
Domado por ideias devassas
Moço, Eu só cobiço o teu
desejo.
Moço, esses lábios
polpudos que cortejo.
Estacionarei aguardando
teu voltar
Anseio esticar te espiando
A confiança não vai fenecer
E mesmo quando seu
vulto desaparecer
Tu vais voltar alardeando.
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