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Mostrando postagens de 2017

Menino

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Os meus olhos já sorriem. O coração faz pirueta. Quando escapo da zona urbana. Rumo as altitudes perto das estrelas De mansinho vou fugindo Para esquecer de lembrar Das coisas do mal. Da brisa com sal. Da rotina infernal.  Chegando a terra onde meus pés reconhecem. Meus pais enaltecem. Onde as plantas agradecem; As mãos das sementes. Nutrindo do fragor dos pássaros e dos ventos. Dos sorrisos e balançado das plantas. A chuva até cisma, mas o sol perdura. Contemplando ao redor distingo; A minha essência é o mato. Apenas remanesço no asfalto. Nunca vou deixar de ser menino Malino, felino e divino. E seguindo vou matutando Acordado vou sonhando Cantigas de roda cantarolando. Trago um sorriso já conhecido E um abraço inocente de menino. Conduzindo com tanta certeza Sou mato nas veredas; Brisa nas represas; Pedra da cachoeira; Sou a lama da estrada; O frio da madrugada; Da noite a calada Sou calor da tardinha; O ruído

Riscado do arquétipo

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Cabisbaixo. Sorriso falso. Fora da engrenagem. Perdido num mundo inexplorado. Existindo no arquétipo. Definindo o que sente. Tudo sendo delineado. Permitindo os sonhos falecerem. Se tornando um monstro. Imitando as regras. Acreditando no que não creio. Crendo no que não vivo. Vivendo de arbítrio. Uma mentira verdadeira. Morrendo aos pedaços em pouquinhos. Todos os dias. - Arria a cabeça e acompanha o padrão. - Arria a cabeça e acompanha o padrão. Aquilo não sou eu. Aquilo não era eu. A todo momento carecia de um moderado cuidado. Penso que ainda desconheço quem sou. Mas conheço o que não me interessa. Logo, reproduzir as palavras da mente. - Valentia frouxo! E repetia amiúde. - Valentia frouxo! Então, admitindo minha identificação, Despertei e me reconheci. Debutei a viver com exatidão tentando resgatar a vida perdida. Nesses tempos sou capaz de flutuar. E de tantos contentamentos, Passei a inquietar os reacionários.

Ludibriado

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Foi confiando no amor que me tornei tolo; Daí tonto tornei-me a ser, por me deixar iludir. Aí veio a carência, com toda sua porção de perversidade. Constituindo-me trouxa. Das coisas que não ouvi. Das coisas que tu não dizes. Por fiar-se além da medida no amor. O que faz um ser correr atrás de outro ser, que o já deixou no ponto de partida? Necessidade ou insanidade? Tal corrida precisa ser disparada a dois. Quando um só corre, vai ter desmoronamento mais à frente. Porém, não paraliso para pensar, porque tenho expectação. E assíduo a insistir. Sendo iludido. Então em silencio vou me enganando, Concebendo o teu abraço, Acreditando no teu cansaço. Entendendo o teu mormaço. Fechando os olhos para os outros. Seduzindo e embaindo o meu desejo de não querer. Vou me consentindo ludibriado. Sem evidencia do outro beijo; Sem data agendada para o próximo aperto, Sem saber se é mais um acaso de validade, Se é mais uma aventura por parte sua

Ignorância

Torna-se mais ignorante Que o ignorante ; Aquele que responde a ignorância Do ignorante.

Boca Perversa

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Olho teu rosto. Miro em teu olhar. Mas enxergo unicamente teus lábios. Então, incito a querer transitar em tua boca. Imergindo em tuas salivas; Rabiscando teu céu; Degustando teu veneno; A fim de hidratar meus lábios. Infiro que falas, E segue a dizer. Só não sei o que. Sem conseguir decifrar teus verbos. Nem ao menos reconheço tais palavras; Uma vez que minha mente está narcotizada; Por intuito de sua boca. Empaco indagando se isto é perversão, Porque mesmo me sustentando calado, Estou falecendo de vontade, Te consumindo por dentro.

Maldito Silêncio

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O silêncio teu me deixou no breu. E na penúria. Volvendo a tristeza todo esse tempo no meu ser normal. Sem saber que norte agarrar. O péssimo do silêncio são as faltas e o será. Os dias têm estado tanto amargurados. Tão lamentosos. Calculo que o melhor para este vazio é ficar no vazio. Até esbarrar com um novo de novo mais uma vez. Presumo também, em dá um basta nesta calada e estrondar. Até meu desconsolo estancar. Ou porventura que o melhor seja telefonar, buscando referência da tua ausência. Desse Maldito silêncio. Que me carcome e oxida. Destruindo-me em fragmentos.

Confrontando um Vácuo

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Hoje estou confrontando um serio problema de saúde, o vácuo. Problema de saúde porque estou obstruído e já não tenho mais apetite. Minha cabeça já foi e voltou e prossegue a mil. Um grande vago. Um verídico estrago. O teu vácuo me deixou num vazio tão vasto, que não consigo esvaziar minha mente de pensamentos ordinários. E empaco de lado a lado constituindo, fantasiando, e com a certeza do motivo na qual não obtive resposta. Uma hora penso que deves está azafamado devido aos afazeres no período vespertino. Em outra, penso que a falta da sua resposta já é uma resposta. Se não estou no topo da sua lista, não quero está no fim. Exagerado talvez eu seja, o que tenho em evidencias é que não sou o centro da sua vida, se fosse teria dado a resposta que precisava, no momento em que necessitava. Permaneço carecendo da sua réplica. E me sinto muito mal. Mal porque eu só queria ao menos uma monossílaba como resposta. Resposta que em fragmentos de segundos o alivio

Tivomano

Um vulto se vem. Traz foice também. Com seu chapéu de palha. De manhã cedinho quando orvalha. Esfregando a camisa. Pensando na vida. Atrás de café. Dizendo vai dar tudo certo. Nada é incerto. Grande é a fé. Armando; Insano; Mediano; Humano; Além; Do bem. Cata flor Agricultor; Mão de doutor; Diz sim Senhor. Negócios a fazer; A vida a crescer; Diz se conceber Armando; Insano; Mediano; Humano; Além; Do bem. Senhor da memória. No trabalho a histórias. Nunca travou a batalhar. Da prefeitura a igreja; Digo com toda certeza; Continua a pelejar. Armando; Insano; Mediano; Humano; Além; Do bem. Convicto com a palavra. Na fala a certeza. Na luta a peleja. Na vida o ardor. Seu Armando é guerreiro. É um homem certeiro. Que planta o amor. Armando; Insano; Mediano; Humano; Além; Do bem.

Ladainha do Homem

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Jesus! A luz; A cruz; Conduz; Ungiu; Subiu; Sentiu; Partiu; Confundiu; Professou; Lutou; Perdoou; Gritou; Amou; Curou; Obrou; Respeitou; Pleitou; Sujeitou; Precipitou; Mitou; Consultou; Arrebatou; Acrescentou; Manifestou; Acatou; Ressuscitou; Padeceu; Floresceu; Convenceu; Santo; Anjo; Vagabundo; Imundo; Original; Um sinal; Divinal; Celestial; Incondicional; Racional; Marginal; Visceral; Esperança; Segurança; Semelhança; Aliança; Medroso; Tenebroso; Generoso; Mentiroso; Amoroso; Poderoso; Espirituoso; Malandro; Insano; Mundano; Leviano; Humano; Cigano; Profano; Do bem; Ninguém; Doutor; Curador; Autor; Gestor; Professor; Pescador; Carpinteiro; Letreiro; Certeiro; Guerreiro; Forasteiro; Obreiro; Amor; A dor; Temor; Bom pastor; Celibatário; Ordinário; Amigo; Perigo; Trigo; Ungido; Herege; Protege; Abençoa; P

Devolva meu coração

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Eu quero o meu coração de volta. Devolva o meu coração. Desde aquele dia ainda estou sangrando. Necessito estancar. Eu só quero o meu coração de volta que você roubou. Ele não pode ficar aí. Preciso usa-lo novamente. Ele vai açoitar por um novo. Posso te dar meu cérebro. Metade dos arquivos dele já pertence a ti. Ou posso pintar sua mente escura.  Meu corpo precisa de novas cores. Eu só quero o meu coração de volta. E você não pode fica-lo para sempre. Eu não sei o que sentir por dentro. Tudo está queimando fortemente. Meu peito está inflamado. Meus olhos estão inchados. Devolva meu coração. Devolva meu. Devolva.

Engano Fugaz

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Pensei que foste tu, Mas não eras tu, Porque se foste tu, Eu conheceria tu, Então não eras tu, Até porque, tu não passarias despercebido aos meus olhos. Uma vez que tu dominas os meus pensamentos. E outra, Só quem tem tal corpo, és tu. E aquela pinta? Só pertence a tu. Então não eras tu. Por segundos fiquei triste ao pensar ser tu. E no outro suspirei de alacridade por não ser tu. Feri-te pensar ser tu? Mas tu não caberias no recinto. E aquele cheiro não condiz com o teu. Tu não vestes tais trajes. Foi apenas um engano fugaz imaginar ser tu. Talvez por tu transitares além da conta nos meus pensamentos. Não eras tu. Tu não sabes o quanto isso me abranda. Então vou aqui,  com tu aqui, do jeito que cobiço.  

Venceu

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Morreu! Sem da adeus. Ao que se perdeu. Por desejos obscuros. No escuro. Foi para o outro lado. Tentar ser feliz.

Eu Vou Ficar São

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Estou Tentando me manter são. Com minha propensão. Sim, às vezes sou frio. É que minha vida é álgida. Acabo unindo. Mas isso não é bizarro. Porque o mundo é infenso. Bizarro é ter coração. Bizarro é se afeiçoar. Não somos diferentes. Sou tão ordinário como tu. Eu não tenho alma. Eu não tenho coração. Eu não sinto nada. Sou meramente carne vermelha. Apenas uma cor. Bem esta que você ver. Os anjos surgem a todo tempo. Querem me resgatar para o mundo perfeito deles. Precisam de minhas elucubrações. Olha, eu vou sarar e ficar são. Só não vou ser são como os outros são. Vou ser com minha propensão.

Travessia.

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Enquanto a vida atravessa; Enquanto as rugas afluem, Enquanto o corpo vai sucumbindo, Enquanto as celulares respiram; Estou a me esperar. Almejando a tinta dos meus olhos brotarem. Está tão escuro assim. Ainda preciso de um tempo. É que tenho uns pesos aqui Minhas costas estão corcundas Na mente uma desordem. Os monstros já se foram É que eu acreditava neles Por isso caminhava sempre com o bem. Eu vou terminar Eu vou existir. A formula já brotou em mim. Só preciso de uma parada. É que estou quase pronto; Estou pra me achar. Estou imoto no vai e vem. O meu pranto tem que sustar. Mas vou chegar à estação. Me deixa pegar na tua mão? Vou vestir minha roupa, mas bonita. E atravessar o caminho que quiser. Eu vou existir.